terça-feira, 15 de março de 2011

Transitória

Cato um pouco daqui e dalí, na esperança da forma que algum raciocínio pode ter. Quem conta um conto aumenta um ponto, imagina pra quem não sabe contar. Quem não cata, não conta, não materializa, não vira realidade. Quem vive nesse mundo sem graça, sem fé, sem sentido. Se sentindo a última bolacha do pacote, nem lembra que vai ser devorado. Aprendi, ao longo desse conhecer literário (que não cabem nos meus vinte e um anos) um tanto que não me encaixa em nenhuma escola da literatura, nem me promove à artista. Não tenho licença poética. Nunca tive. Tenho coragem e observação. Com uma certa prática você entende e sabe quais palavras se encaixam nos lugares certos. Quem gosta de viver sem graça, comer arroz com feijão, engolir a revolta, emudecer a retórica, viver em branco, que viva. Eu gosto é de escrever. Babar as frases que podem ser formadas num jogo de palavras que ouço de cada um na rua. Somar experiências. Somar as sem-graçisses de desconhecidos e promover revolta. Os seres humanos, e que fique claro aqui que somos nós, risos, acredito eu, devem mesmo é ser estimulados. Cérebro pra que caramba? Sexo pra que caramba? Não é questão de foda, de opnião, de gosto, de dança, de bosta. É uma grave e urgente questão de existência. Vamos lá, todos os cabeçinhas de algodão doce, vamos jogar essa merda de algodão fora e colocar uns pensamentosinhos nessa caxinha do corpo. Mas também não é uma questão de só pensar. É pensar mais e mais. E pensando mais e mais também não é só uma questão disso. É uma questão de respeito. É. Uma questão de respeito. Quem não vive na mesmice, numa vida sem cor, tem atitude pra respeitar.

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