sábado, 23 de outubro de 2010

E o pandeiro dançou

Leu uma por uma. Apagou uma por uma. Antes fossem várias mulheres. Mas era uma só que lhe causara tanto ardor. Bebeu todas as cervejas que pôde. Não havia dinheiro. Não havia mulher. Não havia corpo quente lado a lado. Havia distância. Havia vazio. Havia espaço de sobra para beber mais.
Coisa feia um homem tão grande tão choramingão!
Quis morrer. Quis matar. Quis quebrar tudo. Ficou intácto imóvel morto no colchão. Enquanto suas lágrimas rolavam, tentava escutar sua respiração.

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