terça-feira, 5 de julho de 2011

Por toda a minha vida

- Como vai você?

A tarde estava ensolarada. Ensolaradamente coberta pelas nuvens de quase chuva. Aquela pergunta cabia, como cabia a resposta àquele lindo dia. O relógio marcava as horas dando uma sensação de fim . O descanso mais esperado. O fim do trabalho estressante. Das tarefas do dia. Das expectativas. Dos esforços. Cansaços. O fim. Naquela pergunta que não consumira cinco segundos de atenção, uma poesia velada em resposta nascia. Olhos por olhos e um pequeno sim discorria uma felicidade que demoraria anos pra ser desvendada e estragaria cruelmente a beleza daquele instante.

Tinha certeza, consumindo vorazmente cada letra, de que estava feliz. E certeza e felicidade combinavam harmonicamente. Nada como goiabada e queijo. Certeza e felicidade não combinavam em suas diferenças. Uma brotava da outra em "sucessivo-contínuo" existir. Apesar de todas as desventuras. Nunca quis tanto ouvir aquela pergunta, só pelo prazer de estar feliz.

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