terça-feira, 20 de setembro de 2011

Falta

A falta. Falta a presença física. Matéria. Informação pra próxima chamada. Falta. Lavar esterilizar passar chegar decidir e seguir vivendo. As vezes falta ar. Mas não falta vida. Falta espaço tempo dinheiro. Mas não falta vida. Falta paciência tolerância altruísmo. Aí falta vida. Destruição. Ter a terrível limitação de quem dança respeitando a marcação. Não que isso seja um incentivo a rebeldia, ainda que pareça. São os limites além. Nada de moralidade convencionalismo banal. Sabe quando o cara do filme mostra os quatro dedos e pergunta ao outro quantos ele vê? Oito. É ver oito. Sem precisar estar dopado viajado ou sob efeito de algum alucinógeno além da percepção aguçada. As emoções são frágeis e cristalinas. Elas não podem ser distorcidas como reações. São o que são pelo preço que for. E as vezes custa caro. Pra economia do seu dia a dia e pra economia do seu ego. Tem gente que economiza vida. Não sabe contrabalancear. E tem gente que se prende a essa gente. Mas tudo o que é ruim ou faz mal se auto destrói. Tic tac. Como uma bomba prestes a explodir. E aí começa tudo outra vez.

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