segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mimos de um fim de semana de uma grávida

Então é assim. Poucos anos e muitos hormônios. Muita estética e opnião. Eu acho tudo. Eu achei que achava tudo. E tudo que eu achava eu achava que sabia. Hoje eu sei que não sei de nada. A gente tenta rumar a vida como quem anota num caderninho as dívidas de alguém. Burrice. No fim das contas, ninguém controla porra nenhuma nessa merda. De repente, você tem vinte e um anos, três semestres de universidade, um apartamento solitário na capital, um bocado de amigos, um bocado de planos, um bocado de regras, um bocado de ego, extremamente egoísta. Daí você pisca os olhos e parece que alguém, em algum lugar, puxou o tapete e você caiu no chão. Com o TRASEIRO direto e rente no chão. Só que ninguém havia dito que tudo o que você achou que sabia era realmente o que existia e muito menos que o tapete estava no lugar certo, ou que você estava no lugar certo. Certamente, alguém, um dia, até tentou te avisar. Mas você tinha mais hormônios do que atenção e nunca deu bola pra nada além de você. Puf! Parece que a terra desceu escrota bem em cima do seu barraco. Alguém aí sabe como é ter que recomeçar? Lamentar-desapegar-enfrentar-planejar-reconstruir-e-seguir-em-frente. Tipo aquele lance de levanta sacode a poeira e dá a volta por cima. Eu não fui assaltada. Não fui baleada. Não fui agredida. (mas bem que tentaram). Não fui explusa, nem mal tratada, nem odiada, nem morta (rs). Meu barraco não caiu. Meu entes estão bem. Eu não perdi o emprego. Ainda estou na universidade. Tudo bem que não ganhei na mega sena, mas eu nunca joguei! Apenas serei mãe. Padecerei no paraíso. E todas aquelas fraldas que as pessoas dizem, Aliás, falas que as pessoas dizem. Porque eu, não digo mais nada. De agora em diante eu só posso sentir. Além dos enjoos e tonturas, um amor imenso e incondicional, que não precisa de sexo, nem de corpo, nem de nome, nem de nada  pra existir. Um fruto. A gente plantou né? Nada mais justo que colher.

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