quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Lendo Young

São mais de meia noite. Não tem cheiro de nada. Nem merda nem cinzas nem batons nem peitos. Minhas palavras se escracharam no modo moderno de escrever. Eu escrevi sobre laços,  mais cedo. Mais cedo ou mais tarde eu diria tudo ao contrário. É assim que as coisas funcionam pra mim, sabe? De repente é meio dia. De repente, meia noite. Mas eu não afirmaria isso com tanta intensidade. Meus meios são inteiros e, ilegais. Eu espero que o ano acabe logo, que essa falta acabe logo, que amanhã seja um eterno fim de semana. Eu esperaria fugir de tanta responsabilidade, mas seria outra vez, e, eu não gosto de insistir. Sou fácil, logo desisto. Quem sabe um dia, eu aprenda um pouco mais de mim e passe a ver o quanto interessante eu era e seria serei quando, finalmente, me der conta disso. Então pra terminar logo a noite eu resolvi dormir. Eu não tinha todas aquelas coisas pra dizer, nem pro meu pai, nem pra ninguém. Mas eu sabia o que eu tinha, ao menos de alguma coisa eu tinha certeza. Eu podia conquistar o mundo, mas estou cansada e amanhã tem tanto dia que eu preferi dormir.

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